Nasceu em Curitiba no dia 8 de dezembro de 1874. Diante das dificuldades financeiras da família fez apenas o curso primário, já que, com a morte do pai, foi obrigado a abandonar os estudos. Aos 15 anos já estava empregado como aprendiz de tipógrafo, começando no Dezenove de Dezembro, passando depois para A República, Correio Oficial, Folha Nova e Federação. Das oficinas passou para as redações, de tipógrafo a jornalista. Mas nunca esqueceria a sua humilde condição, como relembrou: “…quando a merenda que eu levava para o trabalho era posta a aquecer na caldeira do motor da oficina, tinha o sabor dos mais finos manjares.”
Desempenhou vários cargos públicos, como o de oficial da Secretaria de Obras Públicas e Colonização, diretor do Museu Paranaense durante 26 anos, delegado fiscal do Governo Federal junto ao Ginásio Paranaense e diretor do Departamento de Agricultura. Fundou a União Rural Paranaense, a Granja do Canguiri, o Instituto Histórico e Geográfico do Paraná. Desenvolveu o reflorestamento e a silvicultura. Realizou a Cruzada do Trigo. Foi secretário do Diário do Comércio, da República e da Tribuna.
Tomou parte ativa na questão de limites entre Paraná e Santa Catarina, publicando nessa área cerca de 14 trabalhos bem documentados, mas que não mereceram, infelizmente, a devida atenção das autoridades. Camarista, presidente da Câmara Municipal de Curitiba, eleito deputado ao Congresso Legislativo em dez legislaturas, foi autor de vários projetos, entre os quais o da criação da Escola Agronômica do Paraná.
Historiador, escritor, indianista, folclorista, sócio benemérito do Círculo de Estudos Bandeirantes, fundador do Centro de Letras do Paraná, presidente de honra da Associação Paranaense de Imprensa, dono de uma bibliografia extensa, senhor de inesgotável anedotário, de verve repentista, tinha como seu ponto a porta da livraria da Gazeta do Povo.
Tio de Serafim França, de Oscar Martins Gomes e de Arthur Pajuaba, foi considerado o Príncipe dos Jornalistas Paranaenses. Faleceu na sexta-feira, 10 de setembro de 1948, saindo o féretro de sua residência na Rua Cruz Machado, 253, às 16 horas, para o Cemitério Municipal de Curitiba. Otávio Secundino, abalado com a perda do amigo, afirmava que “Romário não morrera, imortalizara-se.” (WB)
Patrono: Nestor Pereira de Castro (1867-1906)
Fundador: Samuel César de Oliveira (1896-1932)
2.º Ocupante: José Loureiro Ascenção Fernandes (1903-1977)
3.º Ocupante: Edwino Donato Tempski (1913-1995)
4.º Ocupante: Edilberto Trevisan (1923-2010)
5.º Ocupante: Roberto Muggiati (1935)