Nasceu em Erechim (RS), no dia 22 de setembro de 1913. Veio com os pais, em 1919, conhecer o Paraná e aqui plan­tou raízes. Fez o curso de Humanidades no Colégio Sagrada Família, na Escola Henryk Sienkiewicz (então dirigida pelo professor Modesto Falarz) e Colégio Santa Maria. Ingressou no Curso de Pedagogia da Escola de Professores (antiga Es­cola Normal) e na Faculdade de Medicina do Paraná, na qual se diplomou em 1935. Ele já trazia uma considerável bagagem editorial de louváveis publicações no Boletim do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfico Paranaense, de que são exemplos o Es­tudo Referente ao 1.º Centenário da Imigração Polonesa e a Biografia de João Zaco Pa­raná, este no volume 19 da Estante Paranista, também daquela instituição literária.

Afirmava Bento Munhoz da Rocha Neto, que “conhecer as raízes e a gente polonesa era serviço de alto valor que Tempski prestava ao Paraná e ao Brasil.” Sobre o livro biblio­gráfico acerca do imortal escultor, diria Valfrido Pilotto que “foi concebido em lances de obra-prima.” Todavia, Edwino Donato Tempski superou a si próprio com uma obra que, na definição do admirável Mansur Guérios, “há de postar-se indiscutivelmente, ao lado de todo o já incorporado edifício linguístico caingangue, e o qual, para os futuros investigadores, servirá para a formação da gramática histórico-comparada, cujo fim último é contribuir para a solução do problema das origens do homo americanus.” Re­ferimo-nos ao volume XLIV do Boletim do Instituto Histórico, já reportado sob o título Caingangues – Gente do Mato. Ele diz mais: “Tempski se comporta como um Telêmaco Borba moderno a recolher vocábulos indígenas e a elaborar, pacientemente, ao longo de sete anos no meio dos silvícolas, o registro de todos os fonemas e a sistematizar seu vocabulário de forma a ressuscitar, em definitivo, a língua caingangue.”

Percorreu, para tal fim, custoso itinerário nos confins das aldeias espalhadas às mar­gens do médio Rio Uruguai, no Rio Grande do Sul. Além de armazenar elementos his­toriográficos, desenvolveu a parte etnográfica e praticou exercícios elementares de gramática e versões das corruptelas, de modo a confrontar o material linguístico com outros autores de renome. Faleceu no dia 21 de março de 1995, em Curitiba.

Foi saudado na Academia por De Sá Barreto, em 30 de novembro de 1982. (TV)

Patrono: Nestor Pereira de Castro (1867-1906)
Fundador: Samuel César de Oliveira (1896-1932)
1.º Ocupante: Alfredo Romário Martins (1874-1948)
2.º Ocupante: José Loureiro Ascenção Fernandes (1903-1977)
4.º Ocupante: Edilberto Trevisan (1923-2010)
5.º Ocupante: Roberto Muggiati (1935)