A Academia Paranaense de Letras comunica seu profundo pesar pelo falecimento de Eduardo Rocha Virmond, ocupante da cadeira n.º 4 desde setembro de 1994, quando tomou posse, saudado por Helena Kolody.
O curitibano Virmond viveu em Ponta Grossa, estudou no Rio de Janeiro e em Paris. Foi o primeiro crítico de arte do Paraná, escrevendo na “Gazeta do Povo” e depois no “Diário do Paraná”.
Como advogado, destacou-se na VII Conferência Nacional da Advocacia, organizada por ele, então presidente da seccional da Ordem dos Advogados, e pelo presidente nacional da OAB, Raymundo Faoro, realizada em Curitiba em 1978. Foi o primeiro ato público a exigir o retorno do pleno estado de direito no país.
Virmond foi também presidente do Instituto dos Advogados do Paraná, do Instituto de Direito Tributário do Paraná e da nossa Academia (biênio 2011-2012). Era o presidente de honra da Aliança Francesa.
Na primeira gestão de Jaime Lerner no governo do Estado, ocupou a pasta da Cultura, assim como a Secretaria da Justiça no segundo mandato Lerner.
Seus discursos “O aperfeiçoamento do arbítrio”, “Rumo ao estado policial” e os ensaios “Escrever – como o Código Civil” e “As armas e os barões assinalados”, seguem sendo citados como referência.
Humanista e democrata, citava Hannah Arendt: “A banalidade do mal envenena a natureza humana”.
Virmond deixa nosso convívio para se tornar imortal em todos os sentidos.
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