Patrimônio cultural

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A Academia Paranaense de Letras apoia com entusiasmo e subscreve documento encaminhado por dezenas de profissionais e técnicos à Ministra de Cultura Margareth Menezes

A Carta de Apoio solicita a permanência da arquiteta e urbanista Rosina Parchen como superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Paraná, pois reconhece a excelência dos serviços prestados por esta profissional e tem certeza de que essa autarquia federal continuará em mãos competentes em nosso estado.

O documento:

Excelentíssima Senhora

Ministra da Cultura Margareth Menezes,

Ao novo governo eleito do Brasil

Primeiramente, gostaríamos de expressar nossa imensa alegria e satisfação em testemunhar a recriação do Ministério da Cultura, bem como manifestar nossa confiança na sua gestão frente aos desafios das políticas culturais brasileiras.

Com o intuito de estabelecer um diálogo com o novo governo, a fim de reconstruirmos o Brasil e, especialmente, reafirmando a importante missão institucional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a preservação do patrimônio cultural brasileiro, vimos por meio deste manifestar nosso total apoio à permanência da arquiteta Rosina Coeli Alice Parchen como Superintendente do Iphan no Paraná.

Pode-se afirmar que a arquiteta Rosina Coeli Alice Parchen é apartidária, mas seria uma incorreção. Rosina é do Partido do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional! Sua atuação de décadas na preservação e valorização dos Bens Materiais, Imateriais, Culturais e Ambientais em todas as esferas, e que não se restringem apenas ao Brasil, não cabem em uma singela carta.

Rosina assumiu a Superintendência do Iphan no Paraná em abril de 2021, mas já era conhecida e parceira da Autarquia, no Paraná e no Brasil, de outras épocas. Durante o desenvolvimento de suas atividades nos cargos que ocupou aqui no estado, sempre manteve um relacionamento próximo e frutífero com o Iphan-PR.

Sua chegada na Superintendência do Iphan no Paraná aconteceu após momentos conturbados e conflitantes entre a missão institucional do Iphan com as ações do antecessor que ocupou o cargo entre setembro de 2019 e setembro de 2020.

Rosina veio para, com o perdão do trocadilho, restaurar a harmonia e o objetivo maior do Iphan, valorizando os profissionais, mantendo o diálogo transversal com a sociedade civil e as entidades relacionadas à gestão do patrimônio cultural. Por isso, consideramos que sua permanência é fundamental para a proteção e gestão do patrimônio cultural brasileiro acautelado no estado do Paraná.

Para tanto, ressaltamos sua atuação no campo do patrimônio cultural desde o início da sua vida profissional:

Rosina Coeli Alice Parchen é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná, em 1978. Título de especialista em Conservação e Restauração de Monumentos e Conjuntos Históricos pela Universidade Federal da Bahia/UNESCO, em 1984. Participou do curso de Extensão Universitária em Atualização das Questões Emergentes na Preservação do Patrimônio Cultural, em Módulo Especial do Curso de Especialização em Conservação e Restauração de Monumentos e Conjuntos Históricos, pela Universidade Federal da Bahia, em 1997.

Participou do Programa “International Visitors Program of the United States Information Agency RP Cultural Patrimony”, em abril de 1999. Realizou estágio em Preservação e Restauração de Patrimônio Cultural pela Superintendência de Bens Culturais da Região do Lazio, Roma, Itália, entre abril e junho de 2006.

Integra, como membro do quadro associativo, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, ICOMOS, desde 1988.

Presidiu por duas gestões, entre os anos de 2006 a 2012, o Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios – ICOMOS Brasil. Compôs a diretoria do ICOMOS Brasil, como Conselheira da Região Sul, entre os anos de 2013 a 2021.

Integrou, entre os anos de 2009 a 2013, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan, ocupando a cadeira de titular; e de 2013 a 2021 integrou o Conselho, ocupando a cadeira de suplente.

Integrou, entre os anos de 2010 a 2012, o Conselho Nacional de Políticas Culturais do MinC, ocupando a cadeira de titular da Área de Patrimônio Cultural. Participou, em 2004, como consultora da UNESCO, por meio do Centro do Patrimônio Mundial, da missão técnica para o Registro como Patrimônio da Humanidade, da Cidade de Cienfuegos, em Cuba.

Ministrou aulas na Universidade Positivo, nas cadeiras de Arquitetura Brasileira e Técnicas Retrospectivas, de 2002 a 2004 e de 2013 a 2015.

Integrou o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Curitiba, representando o Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU-PR, nomeada em janeiro de 2020 até março de 2021. Desempenhou sua atividade profissional, como servidora Pública do Estado do Paraná, de 1980 a 2016, como arquiteta. Aposentou-se em fevereiro de 2017.

Além da atividade técnica própria da estrutura de preservação do Patrimônio Cultural do Estado do Paraná, exerceu as funções de chefia da Curadoria do Patrimônio Histórico e Artístico, de 1987 a 2003, e a chefia da Coordenação do Patrimônio Cultural do Estado, de 2003 a 2016. Entre as principais atividades desenvolvidas na Coordenação do Patrimônio Cultural do Estado do Paraná podem ser destacados os processos de tombamento dos Centros Históricos da Lapa e de Paranaguá, já tombados, e de Morretes e de Castro, estes, inconclusos os processos de tombamento, todos sob sua coordenação.

Também diversos outros processos de tombamento estaduais estiveram sob sua coordenação, tais como: a Paisagem Urbana da Rua Comendador Araújo e o Conjunto Urbano do Centro Cívico, em Curitiba; as Igrejas Ucranianas de Antonio Olinto e Mallet; a Estação Rodoviária do arquiteto João Batista Villanova Artigas, em Londrina; os edifícios construídos em comemoração ao centenário da emancipação política do Paraná, em Curitiba; o complexo paisagístico da Serra do Mar, neste, compondo a equipe de instrução do processo, entre muitos outros. Também entre as atividades ali desenvolvidas, voltadas à preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural do Estado, estiveram a orientação técnica e a fiscalização das obras em bens protegidos, incluídos nesse rol, edifícios que sediam museus, escolas, residências, imóveis que abrigam instituições públicas como prefeituras, fóruns e casas de cultura, áreas de praças e parques públicos, obras e intervenções em centros históricos.

Secretariou, como atividade inerente à sua função de coordenação do Patrimônio Cultural do Estado, o Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná, órgão normativo e consultivo da Secretaria de Estado da Cultura.

Foi eleita Conselheira do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná para o triênio 2021-2024, pedindo afastamento em março de 2021.

Atuou como consultora na área da Preservação do Patrimônio Cultural, até março de 2021, e atuou no recém-criado Observatório do Patrimônio Cultural, instituição de caráter não governamental atento às ações de proteção ao Patrimônio Cultural do Paraná.

Recebeu diversas condecorações e premiações, além do Título de Cidadã Honorária da Lapa, pelos relevantes serviços prestados à preservação cultural do município.

Em maio de 2021 foi nomeada Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, no Paraná, função que desempenha até a presente data.

Assim, com esta apresentação, deixamos nossa manifestação de apoio com a certeza de que a Arquiteta Rosina Coeli Alice Parchen será a melhor representante para esse novo capítulo da preservação do patrimônio cultural brasileiro.

* Dezenas de profissionais e entidades assinam esse documento

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