Nasceu em Morretes no dia 4 de dezembro de 1857. Escritor, jornalista, poeta, historiador, professor e político. Figura exemplar da historiografia brasileira e um dos ide­alizadores da Universidade Federal do Paraná.

Ao escrever História do Brasil, uma coletânea admirável de narrativa e análise, fez-se famoso e imortal. Com His­tória da América conquistou justos lauréis. Notável vocação para o jornalismo, para a poesia e a pesquisa histórica. Já adulto, buscou centros maiores a começar por Curiti­ba, fazendo-se jornalista.

Fundou em 1879 o jornal O Povo. Depois, no interior, na cidade de Castro, lançou o jornal Eco dos Campos. Implantou, paralelamente, um colégio para sustentar-se e ensinar as gerações de seu tempo. Formou-se mais tarde pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Premido por dificuldades, foi obrigado a mudar-se para Ponta Grossa, onde escreveu e publicou ensaios literários e novelas. Era escritor revelado, mas sem a repercussão merecida. Ingressou na política elegendo-se deputado à Assembleia Pro­vincial em 1886, pelo Partido Liberal. Tentou outros jornais: Diário Popular e O Paraná, sem êxito. Em 1892 dirigiu o Diário do Comércio, do qual se tornaria proprietário.

Desiludido com os acontecimentos políticos em consequência do insucesso da Revo­lução Federalista da qual fora um dos arautos, transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1897, dedicando-se ao campo da história ao mesmo tempo em que trabalhava na imprensa e no magistério. Com a recompensa recebida pela publicação de sua História da América, em 1900, iniciou a publicação da História do Brasil, obra em dez volumes publicada de 1906 a 1917 e considerada, com justiça, dos mais completos e cuidados textos no gênero, o que lhe valeu uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Não tomou posse por ter-lhe sobrevindo a morte, em 26 de junho de 1933.

Publicou ainda: O Paraná no Centenário (1900); No hospício (1905); Nossa Pátria (1917); Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa (1914); História de São Paulo (1919); História do Paraná (1929) e Para a História, crônica da invasão de Curitiba pelos maragatos, obra publicada apenas em 1980. (TV)

Patrono: Antônio Vieira dos Santos (1784-1854)
1º Ocupante: Valfrido Pilotto (1903-2006)
2º Ocupante: Dante Mendonça (1951)