Nasceu na cidade do Porto, Portugal, dia 12 de dezembro de 1784. Era filho de Jerônimo Vieira dos Santos e Ana Joaquina dos Santos. Passou a infância na Freguesia de Santo Ildefonso, ficando órfão de mãe em tenra idade. Ao completar treze anos, veio com seu irmão João para o Brasil.

No Rio de Janeiro, trabalhou algum tempo no comércio. Em novembro de 1798, sem motivo aparente a não ser buscar novos horizontes, embarcou rumo a Paranaguá, sendo admitido, pela experiência que detinha, como caixeiro de loja comercial – função na qual chegou a viajar para a Bahia. Contraiu núpcias em 20 de agosto de 1804.

Paralelamente à atividade comercial, exerceu vários cargos públicos nas milícias e governanças: almotacé, tesoureiro, alferes, procurador, secretário de Junta e comandante. Era um pesquisador de ideias definidas. Participou dos mais importantes acontecimentos políticos na época, inclusive no exercício de vereança.

Em 1825, começou a beneficiar erva-mate em Morretes. Apreciava as representações teatrais e a leitura. Costumava receber obras literárias e jornais de Lisboa.

Na noite de 20 de maio de 1843 foi vítima de um desafeto que, nas sombras da noite, deu-lhe violenta pancada na fronte. O fato provocou-lhe a cegueira do olho direito. Tal deficiência, no entanto, não lhe diminuiu o gosto pela pesquisa e pela escrita.

De sua paciente investigação nos arquivos e alfarrábios, produziu importantes retrospectivas históricas. Dai ser justamente cognominado o “Pai da História Paranaense”. Da sua bibliografia destacamos: Memória Histórica, Cronológica, Topográfica e Descritiva da Cidade de Paranaguá e Seu Município (1850); Memória Histórica de Morretes (1851); Árvores genealógica das famílias Freire e França (1852), além de contribuições ao folclore e outras obras ainda inéditas. Memorialista inato, são muitos os aspectos da sua eficiência intelectual para a compreensão do passado paranaense.

Faleceu em Morretes no dia 4 de julho de 1854. (TV)

Fundador: José Francisco da Rocha Pombo (1857-1933)
1º Ocupante: Valfrido Pilotto (1903-2006)
2º Ocupante: Dante Mendonça (1951)