Nasceu em Rondinha, município de Campo Largo, em 10 de abril de 1876, filho de Evaristo Martins Franco e Josephina de Souza Franco.

Fez o curso de Engenharia Civil na Politécnica de São Paulo. Elegeu-se deputado estadual em 1916 e 1919, e deputado federal em 1923.

Engenheiro, escritor, parlamentar, professor, historia­dor e vicentino, ele tornou-se dos últimos bandeirantes do século XX da história pa­ranaense ao ocupar espaço só permitido aos homens de cultura, ousadia e visão. Das incursões que realizou na condição de comissário de terras e de secretário de Estado da Fazenda, entre 1904 e 1913, deixou dois livros de crônicas, cujos relatos ressoam para os atuais padrões paranaenses, em seu enquadramento na civilização brasileira, como uma época quase pré-histórica. Para atingir o Alto Paraná, na primeira vez foi por mar, de Paranaguá a São Francisco, daí a Montevidéu e Buenos Aires, depois pelo Paraná a Rosário, Corrientes, Paraná e Posadas, e então Brasil novamente. Da segunda vez, foi pela estrada de ferro de Curitiba a Uruguaiana, Passo de Los Libres e daí pelo Rio Paraná a Foz do Iguaçu, sem medir sacrifícios para levar o alento do governo às populações isoladas do extremo oeste.

Orador e conferencista, tinha — conforme opinião de Bento Munhoz da Rocha Neto — o dote de arrebatar e prender qualquer auditório, na magia de fazer vibrar os senti­mentos paranistas, através de suas prendas intelectuais.

Historiador cônscio das suas responsabilidades, afeito às longas pesquisas, nunca sou­be o que foi o desânimo, semelhante ao garimpeiro que envelheceu às margens dos rios em busca das fascinantes pedras dos seus sonhos. Suas produções, em ordem cronológica: O Município de São Jerônimo (1922), Em Defesa do Índio e do Sertanejo (1925), D. Pedro II, o Imperador Magnânimo e Sábio (1933), General Carlos Cavalcante de Albuquerque (1935), O Coronel Telêmaco Morocines Borba (1941), Zacarias de Góis e Vasconcellos (1942), Diogo Pinto e a Conquista de Guarapuava (1943), Um Paulista a Serviço do Paraná e da República (1954), Marquês do Paraná (1956) e Recordações de Viagem ao Alto Paraná (1973).

Faleceu em Curitiba, dia 8 de maio de 1979, com 103 anos de idade.

Na oportunidade de sua investidura na APL foi recepcionado pelo acadêmico Laertes de Macedo Munhoz. (TV)

Patrono: Telêmaco Augusto Enéas Morocines Borba (1840-1918)
Fundador: Ermelino Agostinho de Leão (1871-1932)
1.º Ocupante: Francisco de Paula Dias Negrão (1871-1937)
3.º Ocupante: Ruy Christovam Wachowicz (1939-2000)
4.º Ocupante: Raymundo Maximiano Negrão Torres (1925-2006)
5.º Ocupante: Flora Munhoz da Rocha (1911-2014)
6.º Ocupante: Flávio José Arns (1950)
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