Nasceu em Mortágua, Viseu, Portugal, em 18 de março de 1939. Filho de pai beirão, Antônio Simões, e mãe belenense, do Pará, Irene dos Anjos Ferreira Simões.

Fez as primeiras letras em Mortágua mesmo e o liceu em Coimbra. Vindo para o Brasil e fixando-se em Curitiba, bacha­relou-se em Direito pela Universidade Federal do Paraná. É poeta e prosador. Entretanto, na crítica literária ou na crônica, no ensaio ou no conto, sua obra também é das mais expressivas, ainda que na poesia sua obra constitua-se de rara representatividade contemporânea. Eclético na temática, mos­tra-se integrado aos limites da perfeição e ao espírito paranaense que desde 1955 o abriga.

Copiosa bibliografia prova ser dos mais férteis poetas de todos os tempos. Tem sido impor­tante também sua presença na crônica regular, porque é através dessa visão mundana que o leitor concebe acessibilidade à obra erudita, exuberante no conteúdo do poeta.

Seu indiscutível talento permite que realize uma literatura profusa, tanto na prosa quanto no verso. Tem publicados incontáveis títulos, entre os quais Eu, Sem Mim; A Margem da Leitura e da Reflexão; A Palavra e o Mundo; Introdução à Crítica Estilística; Os Labirintos do Verbo; Réquiem Para 7 Quedas; Odes, Elegias e Outros Poemas; Sone­tos Escolhidos; Ficção Possível; Micropoética; Sonetos de um Tempo Incerto; Moderato Cantabile; Rudopoema ou Peregrinatio ad Loqua Iníqua; O Túnel Circular; Poemas de um Heterônimo Crí(p)tico; Lira de Don Quixote e Reflexões Sobre Liberdade. E ainda: Suma Poética; Rapsódia Europeia; Canto em Mi(m); Inscrições para os Muros de Ba­bilônia; Armorial do Verbo; Sonetos do Tempo Onívoro; Clareza e Mistério da Criação Literária; A Tangente e o Círculo; A Palavra e o Mundo; O Túnel Circular e A Álgebra do Canto.

Também são diversos os ensaios e as homenagens que prestou a grandes autores e a personagens da história, em: Guernica e Outros Quadros Escolhidos de Picasso; Alguns Poemas para Drummond em Seus Oitentanos; Ode ao Alferes Joaquim José da Silva Xavier; Vergílio Ferreira, um Novo Eça?; Kafka, Fenomenologia do Invisível e Outros Ensaios; Virgílio e Camões: Duas Presenças Vivas; Ernani Reichman; Bento, Humanista e Homem de Cultura; Presença de Balzac; Camus – Notas à Margem de A Peste; Evoca­ção do Bruxo do Cosme Velho; De Tasso a Erasmo e Alguns Estudos Breves Sobre Dalton Trevisan. Recentemente publicou Os Criadores e Suas Obras, de crítica literária, e Palestras e Ensaios. Em 2011, veio à lume o volume contendo Pensamentos.

Sua Suma Poética recebeu o Prêmio Fernando Chinaglia, da União Brasileira de Escritores. Foi eleito para a Academia em 1971, tomando posse no mesmo ano, saudado por Vasco José Taborda, no Centro de Letras do Paraná. (VHJ)

Patrono: Alfredo Caetano Munhoz (1845-1921)
Fundador: Alcides Munhoz (1873-1930)
1.º Ocupante: Laertes de Macedo Munhoz (1900-1967)