Nascido em Paranaguá, em 10 de fevereiro de 1931, des­locou-se para Curitiba em 1939, onde o aguardavam as escolas básicas de formação, Tiradentes, Prieto Martinez e o Ginásio Paranaense. Formado em Direito pela UFPR, em 1954, de sua turma constam os também acadêmicos Edil­berto Trevisan, Léo de Almeida Neves, Leopoldo Scherner e Túlio Vargas. É essencialmente jornalista. Fez carreira no Diário do Paraná e na Última Hora. Exerceu as funções de chefe de reportagem, chefe de redação e editor de opinião. Estilo objetivo e equi­librado, aliou estas características para percorrer outras redações, as do Correio de Notícias, Folha de Londrina, Indústria e Comércio e Folha de São Paulo. Dirigiu tam­bém, por dez anos, o telejornalismo da TV Paranaense Canal 12. Como colaborador, participou dos jornais Diário da Tarde, de Curitiba, Diário do Comércio, de Paranaguá, e de inúmeras revistas regionais.

Mazza é do tempo em que no colégio e nos bares se trocavam poemas e contos, aná­lises e críticas; em que valiam o vigor de Castro Alves e a irascibilidade de Augusto dos Anjos, aliados à candura de Casemiro e à tristeza de Álvares de Azevedo. Essas experi­ências representavam uma certa celeridade diante de perspectivas futuras. Costuma­vam formar personalidades e acentuar conhecimentos. Era o costume cultivado com sabores de vida que significam fundamentos e estímulos de valor incalculável.

Essa circunstância ficaria expressa na Revista da Faculdade de Direito, editada então, e nos conteúdos de divagações sobre o cotidiano das crônicas que Mazza publicou em O Estado do Paraná, enlevado, na época, mais pelo lado poético das coisas e menos pelo lado crítico. Hoje, no dia-a-dia de sua atividade, centraliza suas preocupações na análise política e de comportamento, empenhando-se na valorização do Paraná, na luta contra a cumplicidade dos meios de comunicação com os poderes em geral e, especialmente, na crítica à escassez de representatividade do Estado nas mais variadas áreas. Publicou, ao longo de mais de 60 anos de carreira, milhares de artigos de jornal, tornando-se o mais profícuo jornalista paranaense de todos os tempos. Há muitos anos mantém coluna na Folha de Londrina. É, também, comentarista diário do progra­ma CBN Curitiba. Em fevereiro de 2011 um grupo de jornalistas organizou uma festa na Sociedade Garibaldi, em Curitiba, para comemorar seus 80 anos, na qual estiveram presentes centenas de amigos, familiares e admiradores.

Foi recebido na Academia em 1998, em cerimônia no Centro de Convenções de Curiti­ba, antigo Cine Vitória, pelo acadêmico Lauro Grein Filho. (VHJ)

Patrono: Albino José da Silva (1850-1905)
Fundador: José Niepce da Silva (1876-1935)
1.º Ocupante: Ciro Silva (1881-1968)
2.º Ocupante: Francisco Pereira da Silva (1908-1974)
3.º Ocupante: Samuel Guimarães da Costa (1918-1997)