Nasceu em Castro, em 9 de agosto de 1860, filho do capi­tão José Machado da Silva Lima. Completou seus estudos fundamentais em Curitiba, formando-se mais tarde pela Fa­culdade de Direito de São Paulo. Estudante, não deixou de ser líder de ruidosas agitações boêmias. Destacou-se, nesse sentido, na campanha abolicionista, deixando entrever seu republicanismo em floração. Ao voltar ao Paraná iniciou a vida profissional como promotor público da Capital, em 1881. No ano seguinte serviu como secretário do governo de Brasílio Machado, presidente da Província. Casou-se, em seguida, com Antônia Moreira Lima, de tradicional família curitibana. Enveredou pelo magistério, ensinando filosofia. Atuou no jornalismo também. Teve breve passa­gem por Ponta Grossa, como juiz municipal. Em 1886, elegeu-se deputado pelo Par­tido Liberal. Era já uma revelação tribunícia. Dois anos após, manifestava suas ideias republicanas, reunindo adeptos em torno do semanário A República. Com o advento da República foi, inicialmente, nomeado chefe de Polícia. Em seguida presidente da Câmara Municipal de Curitiba. Não demorou a ser superintendente da Instrução Pú­blica. Eleito deputado à Constituinte Estadual de 1892, foi relator e líder inconteste no Congresso Legislativo. Nas primeiras eleições diretas para governador, figurou como vice na chapa de Francisco Xavier de Silva. Adoentado este, assumiu interinamente o governo, notadamente durante o período em que os revolucionários de Gumercindo Saraiva exerceram predomínio em território paranaense. Foi obrigado a retirar-se para São Paulo e Rio, após transferir a capital para Castro. Voltou depois à frente da contraofensiva florianista, recuperando o cargo. Eleito senador em 1895, tornou-se líder do governo Campos Salles, que lhe reconheceu o valor parlamentar. Discursou várias ve­zes para defender-se das acusações de responsabilidade pelos fuzilamentos na Serra do Mar, cuja paternidade nunca admitiu. Jamais se provou a sua conivência.

Elegeu-se governador do Estado em 1904, sucedendo a Xavier da Silva. Doente, licen­ciou-se diversas vezes do governo para tratamento de saúde, até sua morte em 3 de março de 1907, sendo sucedido por João Cândido Ferreira.

Deixou enorme acervo de realizações e exemplos de liderança, notadamente como expressão da fé republicana. (TV)

Fundador: João Cândido Ferreira (1864-1948)
1.º Ocupante: Bento Munhoz da Rocha Netto (1905-1973)
2.º Ocupante: Ruy Noronha Miranda (1914-2010)
3.º Ocupante: Paulo Vítola (1947)