Nascido em Mallet, no dia 8 de janeiro de 1902, em berço humilde, estava predestinado a perlustrar o fascinante ro­teiro das letras. Foi desses intelectuais singulares, cujo ofício tem sido morar, dormir, sofrer e alegrar-se com a literatura. O escritor é aquele que forma a consciência, elabora uma ter­minologia, uma técnica de trabalho, dedica à obra todas as meditações, adquire-lhe o domínio dos segredos e devassa-lhes mistérios e problemas. Segundo um ator russo, a criação literária é um moinho. Engenho composto de mós sobrepostas e giratórias, movidas pelo vento, que gira sempre em torno do seu eixo de sustentação que é a realidade. Daí a sua relação com a história.

Romanowski interceptou o movimento do moinho para fornecer subsídios culturais ao seu tempo. Procurou, pelo romance, ana­lisar a condição humana pelas reações dos seus personagens diante da vida. Através de peças para o teatro captou os paradoxos existenciais e soube transmiti-los com deli­cadeza e simplicidade descritiva. Na sua temática infantil, relembrou Monteiro Lobato ao concluir seu mais belo e gratificante escrever para crianças. Foi permanente a sua renovação conceitual e metodológica ao retirar das experiências vividas uma perspectiva poética do seu mundo interior.

Soube recolher do quotidiano a essência dramática dos seus desenlaces, fundindo com habilidoso senso crítico o verossímil e a fantasia. Sua obra contém uma poderosa carga telúrica ao mesmo tempo em que se mistura à índole pedagógica das histórias para crianças. Tornou-se versátil ao explorar gêneros literários diversificados, incursionan­do com naturalidade pelas infinitas dimensões da alma humana. Sua atividade mental intensa, ampla e fecunda, quase sempre foi dirigida às questões subjetivas, a revelar original pensamento crítico calcado na psicanálise ou na pedagogia que abastecem os tipos e figuras que movimentam seus dramas passionais ou suas histórias ingênuas. Da sua vasta bibliografia, entre outras, constam: Ciúme da Morte; O Retrato de Wlade; E os Trigais Ondulavam e O Anãozinho de Paletó Verde.

Faleceu em Porto Alegre, dia 5 de Outubro de 1997. (TV)

Patrono: Leônidas Fernandes de Barros (1865-1926)
Fundador: Adolpho Jansen Werneck de Capistrano (1877-1932)
1.º Ocupante: Alcindo Lima (1902-1945)
2.º Ocupante: Carlos Alberto Teixeira Coelho Júnior (1894-1969)
4.º Ocupante: Leonilda Hilgenberg Justus (1923-2012)
5.º Ocupante: Darci Piana (1941)