Médico, professor e escritor, nasceu em Rio Negro, no dia 9 de agosto de 1921, filho de Lauro Grein e Maria da Con­ceição Sabóia Grein. Após os estudos preliminares, ingres­sou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná, colando grau em 1943 e sendo distinguido com o Prêmio Ramar por haver obtido o primeiro lugar em Clínica Médica.

Radicado em Castro, dirigiu o jornal e a emissora de rádio locais, inclinando-se nitidamente para o campo das letras, a par das atividades profissionais da medicina. Atraído pela política, elegeu-se, ainda em Castro, vereador e presidente da Câmara Municipal. Do primeiro conto que publicou na revista Fon-Fon aos demais que lhe ampliaram o horizonte criativo, revelou-se o escritor primoroso que iria desdobrar a vocação em festejados livros de memórias. Ao transferir-se para Curitiba, ampliou a área de atuação intelectual como integrante da Academia Parana­ense de Medicina, Sociedade Brasileira de Médicos Escritores e do Centro de Letras do Paraná, dos quais foi presidente. Neste último, introduziu inovações modernizantes e programas atraentes, elevando o conceito da entidade junto à sociedade cultural do Estado. Exerceu atuante atividade comunitária, ocupando a presidência do Lions Club Curitiba – Centro e do Clube 21 Irmãos Amigos.

Portador da Ordem da Bandeira por assinalado destaque no campo do civismo, científico, cultural e humanista. Colecionou diversos títulos de relevância, tais como Grã-Cruz de Cavaleiro da Ordem Soberana de Malta, Comendador da Honorífica Ordem de Cultura da Academia de Cultura de Curitiba, Medalha Dourada da União Brasileira dos Trovadores, Comenda Honorífica da Ordem da Filantropia e diploma de Mérito Ético-Profissional do Conselho Regional de Medicina do Paraná. Como presidente da Cruz Vermelha do Paraná desenvolveu administração altamente profícua. Nessa condição, visitou países das Américas e da Europa, em observação e estudos, com o que tem aperfeiçoou os serviços essenciais da instituição.

Dos livros publicados, com inegável repercussão, Hora de Lembrar e Fatos que Ficaram, repositórios de recordações, ressaltam-lhe as qualidades de me­morialista; O Estetoscópio, série de crônicas no livro Escritores do Brasil, de Aparício Fernandes, constitui outra fonte reveladora de seu talento. Em 2005, lançou Painel de Realidades, coletânea de crônicas.

Vice-presidente da APL durante 14 anos, sucedeu o acadêmico Túlio Vargas quando de seu falecimento, em março de 2008, exercendo a presidência da Academia até o final do mandato daquela diretoria, em dezembro do mesmo ano. Foi recebido em sessão solene no dia 26 de setembro de 1986 – aniversá­rio de 50 anos da Academia – pelo acadêmico Túlio Vargas. Faleceu em Curitiba em 9 de novembro de 2015. (TV/EB)

Patrono: Emílio Correia de Menezes (1866-1918)
Fundador: Helvídio da Silva Pereira (1883-19**)
2.º Ocupante: Roberto Gomes (1944)