Nascido em Curitiba em 25 de novembro de 1883, fez seus estudos primários em colégios particulares e os exames preparatórios no Ginásio Paranaense. Passou a colaborar, ainda jovem, pelos seus 17 anos de idade, em A República e depois, com mais assiduidade, no Diário da Tarde. Lançou seu primeiro e único livro de sonetos, Grinaldas, em 1904, época em que integrava o Clube da Luta Romana como seu primeiro orador.

Em 14 de abril de 1906 partiu para Recife, nomeado escriturário da Delegacia Fiscal. No ano seguinte, casou com Ermelinda, que lhe deu três filhos, Nilton, Hudson e Harvey. Ainda na capital pernambucana formou-se em Direito, em 16 de março de 1912. De lá, de tempos em tempos, embora os múltiplos afazeres de funcionário público e acadêmico, enviava colaborações para o vespertino Diário da Tarde com a seção de crônicas Do Norte.

Andou pela Amazônia e, ao voltar ao Paraná, exerceu os cargos de magistrado na Comarca de Ponta Grossa e o mandato de deputado à Assembleia Legislativa do Estado. Membro da Ordem dos Advogados do Brasil e da União Brasileira de Juristas, consultor jurídico da Companhia Prada de Eletricidade e da Associação Beneficente 26 de Outubro, advogado da Prefeitura de Curitiba e dos Bancos do Brasil e Nacional do Comércio, afastou-se da política por ocasião do golpe de estado de 10 de novem­bro de 1937. Mudou-se para o Rio, reiniciando sua vida burocrática ao ingressar na Procuradoria-Geral da Fazenda, no gabinete do Dr. Francisco de Sá Filho.

Jornalista, diretor-presidente da Companhia Cervejaria Adriática, professor, homem de variadas atividades, as suas produções poéticas espalhadas por jornais e revistas de Curitiba, de Recife, de Ponta Grossa e de Paranaguá, impregnadas de dor, sofrimento e morte, bem que mereciam ser coligidas e publicadas para estudo e conhecimento das novas gerações. Infelizmente, por mais que indagássemos de velhos acadêmicos informações sobre Helvídio Silva, pelo menos a data e o local de seu falecimento, nada conseguimos, pairando sobre ele uma névoa de mistério e de esquecimento. (WB)

Patrono: Emílio Correia de Menezes (1866-1918)
1.º Ocupante: Lauro Grein Filho (1921-2015)
2.º Ocupante: Roberto Gomes (1944)