Nasceu em Paranaguá em 12 de abril de 1868. Após os es­tudos primários em sua terra natal, matriculou-se no Ins­tituto Paranaense, quando se envolveu com uma geração brilhante de jovens intelectuais, dela sobressaindo-se Emi­liano Perneta, Dario Velloso e Silveira Netto. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde frequentou o Externato João de Deus e conheceu Cruz e Souza. Ao retornar ao Paraná, assumiu a direção do Diário do Paraná, para retornar, em 1891, definitivamente, para o Rio.

Casou-se, ainda muito jovem, com Catarina, que lhe daria oito filhos.

Por ocasião da Revolta da Armada revelou-se florianista ardoroso. Como resultado, re­cebeu a nomeação para o cargo de vice-diretor do Internato do Ginásio Nacional, nele exercendo também o magistério. Tornou-se amigo de Sílvio Romero, João Ribeiro e, principalmente, de Cruz e Souza. O falecimento deste poeta catarinense, em março de 1898, deixou Nestor muito abalado, a ponto de publicar, no ano seguinte, um estudo biográfico sobre o chamado “cisne negro da poesia simbolista”.

Em 1901, morando em Paris, além de correspondente dos jornais O País e Correio Paulistano, foi responsável pela instrução dos filhos do barão do Rio Branco. Elaborou também versões e revisões para a Livraria Garnier, lançando, ainda, seu único livro de poesias, Transfigurações, considerado a melhor produção poética do ano.

Ao voltar ao Brasil, em 1905, passou a fazer crítica literária com o pseudônimo de Nu­nes Vidal. Traduziu suas impressões de brasileiro sobre a capital francesa no livro Paris, com duas edições e de grande repercussão nacional. Em 1914, ajudou a fundar, com Rui Barbosa e José Veríssimo, a Liga Brasileira pelos Aliados.

Deputado estadual por duas vezes, colaborador do jornal carioca Correio da Manhã, crítico literário festejado e respeitado de O Globo, tradutor de La Sagesse et la Desti­née, de Maeterlinck, cujo primeiro exemplar traduzido entregou pessoalmente ao au­tor. O novelista, romancista e conferencista Nestor Victor faleceu no Rio em 13 de outu­bro de 1932. Deixou outros livros, como A Terra do Futuro (1913), Três Romancistas do Norte (1915), Folhas que Ficam (1920), Cartas à Gente Nova (1924), Os de Hoje (1938), Diário do Amor (prosa), A Solteirona (romance) e Os Bobos (poema dramático). (WB)

Patrono: Senador Manoel Francisco Correia Neto (1831-1905)
1.º Ocupante: Ulysses Falcão Vieira (1885-1942)
2.º Ocupante: Ernani Guarita Cartaxo (1900-1967)
3.º Ocupante: Francisco Raitani (1897-1971)
4.º Ocupante: Felício Raitani Neto (1917-2000)
5.º Ocupante: Harley Clóvis Stocchero (1926-2005)
6.º Ocupante: Oriovisto Guimarães (1945)