Ata da reunião ordinária de 9 de maio de 2018

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Aos nove dias do mês de maio de dois mil e dezoito, no 2º andar das instalações do SENAC, à rua André de Barros, 750, realizou-se mais uma reunião mensal ordinária da Academia Paranaense de Letras, sob a presidência de Ernani Buchmann, estando presentes os seguintes acadêmicos: Eduardo Rocha Virmond, Ario Taborda Dergint, Flávio Arns, Ernani da Costa Straube, Rui Cavallin Pinto, Guido Viaro, Adélia Maria Woellner, Clemente Ivo Juliatto, Albino de Brito Freire, Etel Frota, Chloris Casagrande Justen, Paulo Vítola, Marta Morais da Costa, Nilson Monteiro, Adherbal Fortes de Sá Júnior, Roberto Gomes,  Antônio Celso Mendes, Ricardo Pasquini, Marcio Renato dos Santos, Cecília Maria Vieira Helm e Antônio Carlos Carneiro Neto. Justificaram sua ausência os acadêmicos Darci Piana e René Ariel Dotti. Estavam presentes os convidados Dr. Paulo Roberto Hapner, Laís Mann e Marinho Galera. Após a leitura do Credo Acadêmico pelo recém-eleito acadêmico Marcio Renato dos Santos e da apresentação formal dos demais acadêmicos presentes, o Presidente Ernani Buchmann informou a respeito de homenagens recebidas por acadêmicos. Por ocasião dos 40 anos da Conferência Nacional de Advocacia, a homenagem ao acadêmico Eduardo Virmond, aplaudido de pé na ocasião. A outorga da Láurea da Ordem, concedida pela Ordem dos Advogados do Brasil ao acadêmico Renê Ariel Dotti. A posse como tesoureiro da Academia Nacional de Letras do Presidente Ernani Buchmann e seu compromisso para a realização do Fórum dessa Academia em 2019 em Curitiba, provavelmente no Círculo de Estudos Bandeirantes.  A seguir o Presidente apresentou o palestrante o desembargador Paulo Roberto Hapner para discorrer sobre o tema “Os 125 anos da Revolução Federalista”, de que, como estudioso, é uma referência no Brasil. O palestrante é Presidente do Instituo Histórico e Geográfico do Paraná e saudou os presentes, iniciando sua palestra recitando em latim os versos do poeta latino Virgílio, em homenagem ao prof. Oswaldo Arns, seu professor no Colégio Estadual do Paraná.  Começou sua explanação afirmando que a Revolução Federalista começou em Bagé em 1892 com a criação do Partido Federalista por Pinheiro Machado. Os acontecimentos políticos foram configurando a oposição entre este partido e o Partido Republicano de Júlio de Castilhos. Com as mudanças havidas no Rio de Janeiro a partir do fechamento do Congresso pelo Marechal Deodoro e a posse do Marechal Floriano Peixoto como Presidente da recém-proclamada República do Brasil, estabeleceu-se a disputa entre florianistas (os pica-paus) e maragatos. Espalhou-se a conflagração bélica pelo sul do Brasil. Cidades nasceram de quartéis na fronteira. Houve degolas e fuzilamentos durante todo o conflito. A cidade de Desterro, hoje Florianópolis, foi declarada capital da República. O marechal Floriano recrutou exército e mercenários, armou navios e reconquistou o Rio de Janeiro e a guerra prosseguiu. Em 1894, Vicente Machado designou Castro a capital do Paraná. Em 18 de janeiro a Lapa foi cercada pelas forças dos maragatos, e resistiu. O coronel Lacerda foi a grande figura histórica deste acontecimento. Curitiba aderiu aos maragatos e o povo enxotava os florianistas. O acadêmico Nilson Monteiro arguiu o palestrante sobre o episódio do Barão do Serro Azul. Depois de descrever o episódio, o palestrante se referiu aos 40 anos de silenciamento sobre o fato. Após os aplausos, o Presidente Ernani Buchmann agradeceu a palestra contendo ricos detalhes sobre a Revolução Federalista. A seguir passou a palavra ao acadêmico Ricardo Pasquini que comunicou à Academia sua indicação para ser o editor da revista semanal internacional Blood, divulgada em italiano, espanhol, português e atendendo a toda a comunidade latino-americana. O Presidente anunciou que a Academia tem dois candidatos ao Senado na eleição de 2018: Flávio Arns e Oriovisto Guimarães. A acadêmica Marta Morais da Costa comunicou ter recebido convite da II Festlab (Festa literária luso-afro-brasileira) a ser realizada em Luanda, em Angola, entre 15 e 18 de maio próximo, quando falará sobre literatura infantil e juvenil.  A seguir, o Presidente apresentou os compositores Paulo Vítola, Marinho Galera e a cantora e apresentadora Laís Mann para uma apresentação musical, comemorando o lançamento do livro de partituras “Nós de pinho”, de autoria dos dois primeiros. Laís Mann ressaltou a oportunidade como parte de um projeto de valorização dos artistas do Paraná, apoiado pelo PROFICE, órgão de Fomento e Incentivo da Secretaria Estadual de Cultura. Embora os cachês dos artistas sejam irrisórios e insignificantes, eles são reconhecidos pelo dinheiro que é ganho dignamente. Laís Mann ressaltou ainda a parceria de 50 anos entre o letrista, intérprete e também acadêmico Paulo Vítola e o musicista e intérprete Marinho Galera. São canções, trilhas musicais para teatro e cinema: o livro reúne apenas 40 de quase 300 parcerias entre os dois compositores. A seguir, houve uma apresentação musical de alguns números, entre eles “Sino das Mercês”, “Ford de Bigode” (do espetáculo “Cidade sem portas”), “Socar mate” (música que integrou o espetáculo “Oh, Curitiba, nossa tribo, salve, salve!”, criado a pedido de Ernani Buchmann, então Diretor Executivo da Fundação Cultural de Curitiba) e “Ave de arribação” (criada para o multiartista Valêncio Xavier). O acadêmico Guido Viaro informou que ganhou um álbum duplo dos dois compositores aos 14 anos e até hoje conhece as músicas de cor. O trio de artistas foi entusiasticamente aplaudido ao final de sua apresentação. Para finalizar a reunião, no item “Diversos”, o acadêmico Eduardo Virmond informou que os trabalhos para a próxima revista da APL foram prorrogados até 14 de maio. O Presidente Ernani Buchmann informou que a biblioteca da APL só tem exemplares da revista a partir do nº 33 e sugeriu que o novel acadêmico Marcio Renato dos Santos poderia ajudar a divulgar a revista por todo o Brasil. A acadêmica Adélia Woellner informou que houve uma edição da revista em homenagem aos poetas mineiros e a homenageada foi Graciette Salmon. O acadêmico Nilson Monteiro informou que o site da Academia está à disposição de divulgações e a que a maioria dos acadêmicos ainda está em débito com a anuidade. O acadêmico Ario Dergint manifestou-se em favor de maior e melhor divulgação de nosso estado, porque mesmo em programas televisivos sobre o Paraná, Curitiba pouco aparece. Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou-se a reunião da qual eu, secretária, lavrei a presente ata que vai por mim e pelo Presidente assinada.

 

Curitiba, 9 de maio de 2018.

 

Ernani Buchmann                              Marta Morais da Costa

Presidente                                         Secretária

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