Nasceu em Curitiba, no dia 31 de dezembro de 1924. Era filho de Nilo Brandão e Noêmia Santos Brandão, ele no­tável professor e linguista. Formou-se pela Faculdade de Engenharia da Universidade Federal do Paraná, pela qual também cursou Filosofia.

Mostrou desde jovem forte inclinação para o desenho e a pintura e por isto frequentou o ateliê de Guido Viaro. A atividade profissional prio­ritária, porém, afastou temporariamente o jovem engenheiro dos encantos das artes plásticas. Desenvolveu uma brilhante carreira administrativa e magisterial: secretá­rio de Estado dos Transportes do Paraná, presidente do Banco de Desenvolvimento Econômico, ministro da Educação, Cultura e Esportes. Em 1943 foi distinguido com menção honrosa no Salão Paranaense de Belas Artes. Sentiu-se seguro no dia em que o mestre Guido Viaro lhe disse: “Você não necessita mais de conselhos como pintor. Mergulhe no verde.”

Foi o que fez. Sua atração pela natureza produziu paisagens de cores transpassadas de uma luminosidade dramática. Entre obras de filosofia, ensaios políticos, tratados de engenharia e telas, ele se declarava um pintor descomprometido, pois criava sem vi­são utilitarista, mas por simples imposição subjetiva. Participou com a sua arte em ga­lerias nacionais e estrangeiras, notadamente França, Suíça, Portugal e Estados Unidos, com premiações regulares. Pertenceu a diversas instituições culturais: Academia Brasi­leira de Ciências Morais e Políticas, Instituto Brasileiro de Filosofia, Centro de Letras do Paraná, Centro Paranaense de Estudos Portugueses, Academia Brasileira de Educação e Instituto Histórico e Geográfico do Paraná. Foi também presidente do Círculo de Es­tudos Bandeirantes. Publicou os livros O Século da Máquina e Flagrantes Educacionais e Culturais, ambos de 1992, e A Valorização Humana na Empresa, de 1995.

Elaborou ainda número expressivo de monografias, discursos e ensaios, que versam desde assuntos ferroviários e estruturais de engenharia, a respeito dos quais foi um aplaudido técnico, a assuntos restritos a humanidades, arte e educação.

Duas vezes Doutor Honoris Causa, uma delas pela Universidade de Okayama, Japão. Exerceu o reitorado da Pontifícia Universidade Católica do Paraná de 1986 a 1997. Deixou uma obra administrativa, humana e irretocável. Faleceu em Curitiba no dia 30 de outubro de 2000. Foi recebido e saudado na APL pelo acadêmico Metry Bacila, no dia 3 de agosto de 1992. (VHJ)

Patrono: Eusébio Silveira da Motta (1847-1920)
Fundador: Dario Persiano de Castro Vellozo (1869-1937)
1.º Ocupante: Dicesar Plaisant (1898-1969)
2.º Ocupante: Flávio Suplicy de Lacerda (1903-1983)
4.º Ocupante: Clemente Ivo Juliatto (1940)