Nasceu em Curitiba no dia 30 de janeiro de 1847, filho de Joaquim Inácio Silveira da Motta e Maria da Conceição Silveira da Motta. Após o curso preparatório matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, onde obteve, em 1870, o grau de bacharel.

Elegeu-se deputado em 1874, mas não se adaptou. Exerceu a magistratura até 1892. Antes, desempenhou as funções de oficial de gabinete do governo do Estado, das quais foi afastado por motivos estritamente políticos. Inclusive da judicatura, mais tarde. Dedicou-se, então à advocacia e às letras. Lecionou no Ginásio Paranaense e na Escola Normal, respondendo também pelas cátedras de Filosofia, Português e Pedagogia. Em 1914 demitiu-se de seus cargos do magistério.

Reintegrado à magistratura, foi nomeado desembargador, em 1917, aposentando-se dois anos após. Homem de letras e filósofo, dele disse o desembargador Westphalen: “não expandiu seu espírito em escritos especiais e nem no jornalismo. O seu maior gosto era o estudo das obras filosóficas, as quais lia com avidez, ensinando seus alunos e palestrando com seus amigos. Dedicava a isso um interesse de cientista.”

A influência do seu pensamento filosófico na formação de escritores representativos do Paraná do seu tempo é estudada por Andrade Muricy, na obra O Símbolo à Sombra das Araucárias. Foi presidente de honra do Instituto Neopitagórico.

Era exatamente formal e excêntrico. Vivia na solidão, taciturno e tímido. Era visível e flagrante o desnível da sua cultura humanística e a relativa vulgaridade do meio intelectual de Curitiba da época. Deixou publicados: Razões e Recursos; Recurso Ex­traordinário; O Evolucionismo de Spencer e outras colaborações literárias e filosóficas esparsas. Faleceu no Rio de Janeiro em 22 de Setembro de 1920. (TV)

 

Fundador: Dario Persiano de Castro Vellozo (1869-1937)
1.º Ocupante: Dicesar Plaisant (1898-1969)
2.º Ocupante: Flávio Suplicy de Lacerda (1903-1983)
3.º Ocupante: Euro Brandão (1924-2000)
4.º Ocupante: Clemente Ivo Juliatto (1940)