Dario Persiano de Castro Vellozo nasceu no Rio de Janei­ro, no dia 26 de novembro de 1869, numa propriedade chamada Retiro Saudoso, nome que mais tarde daria à sua chácara de Vila Isabel, em Curitiba. Estudou no Par­thenon Paranaense e Instituto Paranaense (os colégios mais graduados de então).

Reuniu em torno de si as inteligências da época e fundou o Cenáculo, associação que publicava a revista de mesmo nome, com produções de caráter nitidamente simbolista.

Em 1914 fundou, em Rio Negro, a Escola Brasil-Cívico, cujas portas foi obrigado a cer­rar em face da iminência de ataques de fanáticos das lutas do Contestado.

Voltou a Curitiba e readquiriu o Retiro Saudoso. Ali construiu, em estilo grego, o Templo das Musas, sede do Instituto Neopitagórico. A elite intelectual de Curitiba frequentou esta sociedade de caráter filosófico-artístico-cultural durante mais de um quarto de século. O lema adotado: “O estudo por norma, a amizade por base, o altruísmo por fim.”

Estudando e escrevendo até os últimos anos de sua vida, deixou numerosas obras, publicadas ou não. Estreou aos 20 anos de idade com Primeiros Ensaios. Sua obra mais vigorosa é o poema Atlântica. Suas poesias mais conhecidas estão em Cinerário. Descrições repassadas de ternura encontram-se em livros de cunho biográfico, tais como O Livro de Allyr; Do Retiro Saudoso. Suas convicções filosóficas aparecem marca­damente em Jesus Pitagórico. O livro que encerra seu evangelho cívico é Limiar da Paz. O grande humanista que foi está presente em toda a sua obra que, pronunciadamente simbolista, contém intensa espiritualidade. Conviveu com os maiores talentos do seu tempo, entre os quais Emiliano Perneta, Romário Martins, Nestor Victor, Leôncio Cor­reia e Olavo Bilac. Manteve sempre a liderança intelectual.

Durante o governo de Caetano Munhoz da Rocha esteve em iminência de prisão por protestar contra a concessão de verbas do governo para a instalação de palácio episco­pal nas dioceses de Jacarezinho e Ponta Grossa. Dario Vellozo era anticlerical.

Orador primoroso, sua coerência era expressiva. Escritor e poeta, sua obra, ver­dadeira profissão de fé, está enfeixada em três volumes: Horto de Lísis, Primeiros Ensaios e Efêmeras.

Faleceu em Curitiba no dia 28 de setembro de 1937. (TV)

Patrono: Eusébio Silveira da Motta (1847-1920)
1.º Ocupante: Dicesar Plaisant (1898-1969)
2.º Ocupante: Flávio Suplicy de Lacerda (1903-1983)
3.º Ocupante: Euro Brandão (1924-2000)
4.º Ocupante: Clemente Ivo Juliatto (1940)