Nasceu em Portugal, em 29 de agosto de 1941, filho de Dino Augusto Sanches e Maria Prazeres Afonso. É natu­ralizado brasileiro.

Formado em Direito e Línguas Clássicas, a atividade prin­cipal de Carlos Alberto Sanches tem sido o magistério, por meio do qual percorre o caminho empresarial. Estu­dou com os freis franciscanos de Blumenau e com os irmãos maristas. Tem na Teologia a especialidade de seus expressivos conhecimentos e acentuada cultura.

Do passageiro e incipiente concretismo vivido por Paulo Leminski no entusiasmo da juventude, assenhorou-se da responsabilidade de educar e traduziu essa obrigação numa renovada visão eclética do beletrismo. Foi, portanto, impetuoso, mas pitoresco como ativo participante no Movimento Vanguarda, por meio do qual se pretendia, com uma poesia concretista associada a possíveis influências do suíço Max Bill, apre­sentar criações diferentes a partir da realização de uma imagem autônoma, apenas com componentes visuais e tácteis, a negar toda e qualquer expressão ou modelo natural. Um movimento que, pela volatilidade da sua essência e pelas circunstâncias que o cercaram no tempo e no espaço, se assemelharia àquele movimento Futurista inspirado por Marinetti, ocorrido no Paraná no final da segunda década do século pas­sado, cujo expoente maior, assinando-se Oto Di La Nave, foi o notável Valfrido Pilotto.

Diante das dificuldades surgidas por um expressivo lapso das nossas leis normativas, que eliminaram, há mais de quarenta anos, o estudo do latim e do francês dos currí­culos escolares básicos, submeteu-se à tarefa consciente de superar no dia-a-dia essa significante lacuna, que tempos atrás constituía o pilar dos principais valores culturais. Houve por compensar tais deficiências com esforços redobrados, buscando técnicas que, em face de seu desiderato na atividade magisterial, servissem para minorar a adversidade hodierna. Fundou e dirigiu o Centro Educacional Professor Sanches, su­cessor do IBEL, Instituto Brasileiro de Ensino e Linguagem, e também o Instituto de Ensino Camões. Seu livro, O Pai, valeu-lhe consagrada premiação nacional. Sanches sucedeu ao notável poeta Joaquim Carvalho, por coincidência, seu sogro. Tomou posse no dia 23 de abril de 1998, recebido por Valério Hoerner Júnior. (VHJ)

Patrono: José Gonçalves de Moraes (1849-1909)
Fundador: José Gelbecke (1879-1960)
1.º Ocupante: Arildo José de Albuquerque (1914-1974)
2.º Ocupante: Joaquim Carvalho (1910-1986)