Roberto Muggiati nasceu em Curitiba em 1937. É jornalista desde 1954, quando começou na Gazeta do Povo, jornal em que exerceu a crítica literária e musical. Foi, em segui­da, correspondente da Associated Press, no Paraná. Cur­sou Jornalismo no Centre de Formation des Journalistes, em Paris, como bolsista do governo francês e trabalhou na BBC de Londres, nos anos 1960.

A partir da década seguinte, atuou como repórter especial, redator, editor e diretor da revista Manchete; editor assistente de Veja; diretor da revista Fatos & Fotos e chefe de redação da revista Ela, além de colaborador de O Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, Diário Carioca, revista Senhor, revista Realidade, do suplemento do jornal Valor Eco­nômico e das revistas Bizz e Nossa História. Responsável também por inúmeras outras publicações, como a série de 52 fascículos História do Brasil. Foi cronista e roteirista de televisão.

Publicou os livros: Mao e a China (Record, 1968); Rock/O Grito e o Mito (Vozes, 1973); Rock/El Grito y el Mito (Siglo Veintiuno Editores, 1975); O Que É Jazz (Brasiliense, 1983; atualmente, no Círculo do Livro); Rock/Do Sonho ao Pesadelo (L&PM, 1984); Rock/ De Elvis à Beatlemania (1954-1966) (Brasiliense, 1985); Rock/Da Utopia à Incerteza (1967-1984) (Brasiliense, 1985); Jazz/Uma História em Quatro Tempos (L&PM, 1985); Blues/Da Lama à Fama (Editora 34, 1995); A Revolução dos Beatles (Ediouro, 1997); New Jazz: De Volta para o Futuro (Editora 34, 1999); A Contorcionista Mongol (Editora Record, 2000); Improvisando Soluções: O Jazz como Exemplo para Alcançar o Sucesso (Editora Best Seller, 2008).

Traduziu A Selva do Dinheiro (Record, 2002); A Selva do Amor (Record, 2003) e Caminhando, de Henry David Thoreau (José Olympio, 2006), dos quais também foi editor, e obras de Ian Fleming, Henry Miller, Kurt Vonnegut Jr, Irving Wallace, John Le Carré (O Jardineiro Fiel), Michael Chabon, E.L. Doctorow, Tariq Ali, romances de John Fante e Henry Miller para a José Olympio (2003), as biografias dos músicos Chet Baker (Companhia das Letras, 2002), Billie Holiday (Zahar, 2003), Charles Mingus (Zahar, 2005), a versão reconstituída e autorizada de O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald (Record, 2003) e The Dark Side of the Moon/O Nascimento da Obra-Prima do Pink Floyd, de John Harris (Zahar, 2006).

Seus textos também constam de diversos livros em coautoria. Entre suas memórias curitibanas destacam-se Jazz: Boemia Musical na Madrugada – Revista Panorama, 1960; Nós em Busca da Província Perdida – Revista Nicolau, 1992, e Coração de celuloideRevista Helena, setembro 2013.

Na fase pós-Manchete, a partir de 2000, colaborou ativamente nos principais órgãos da imprensa brasileira: nos jornais Gazeta do Povo (Caderno G), Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo e Valor (suplementos culturais); nas revistas The President, MIT e Unquiet (da editora Custom); nas revistas Cult, Continente e Contigo (perfis na seção “Gente & Histórias”); no jornal literário Cândido e na revista Helena, da Biblioteca Pública do Paraná).

Para a Rádio Batuta, do Instituto Moreira Salles, produziu recentemente cinco programas de uma hora sobre a canção de protesto (da Marselhesa a Que País é Esse?) e três programas sobre músicas inspiradas pelas peças do Bardo nos 400 anos de sua morte (O mundo musical de Shakespeare).

Recentemente colaborou no blog Branca7Leone, de saudosa memória. Escreve regularmente para o blog Panis cum ovum (dos ex-profissionais da Manchete) e para o site especializado amajazz.

Tomou posse em 9 de maio de 2011, no Paço da Liberdade, saudado pelo acadêmico Adherbal Fortes. (EB)

Patrono: Nestor Pereira de Castro (1867-1906)
Fundador: Samuel César de Oliveira (1896-1932)
1.º Ocupante: Alfredo Romário Martins (1874-1948)
2.º Ocupante: José Loureiro Ascenção Fernandes (1903-1977)
3.º Ocupante: Edwino Donato Tempski (1913-1995)
4.º Ocupante: Edilberto Trevisan (1923-2010)