Curitibano, nascido em 7 de setembro de 1868, diplomou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 1889, turma da qual também faziam parte o poeta Emiliano Perneta e o jurista Otávio do Amaral. Formado, continuou na capital paulista dedicando-se aos estudos jurídicos e à profissão de advogado. Conquistou, em 1897, o grau, então raro, de dou­tor em Ciências Jurídicas e Sociais, em concurso para lente substituto de um grupo de cadeiras referentes à Economia e à Administração. Ao retornar a seus pagos, já quarentão, sua figura vinha ornada por auréola de prestígio, respeito e admiração. Montou, então, em Curitiba, sua banca de advogado, por sinal bastante solicitada. Ao mesmo tempo, passou a colaborar na imprensa local com crônicas e páginas de crítica nos domínios da pintura, esculturas e música. Daí, naturalmente, sua aproximação com Maria Amélia de Barros, pintora de alta relevância no meio artístico curitibano e sua esposa, em 1920.

Membro da antiga Academia de Letras do Paraná, um dos fundadores do Centro de Le­tras do Paraná e seu baluarte por muitos anos, foi também um dos fundadores da Universi­dade do Paraná, nela passando a lecionar a disciplina de Direito Civil das Obrigações, desde os seus primórdios, em 1913. Com outros colegas de foro, fundou, em março de 1917, o Instituto de Advogados do Paraná, do qual foi presidente, em eleições sucessivas, por 15 anos, findos os quais passou a figurar como seu presidente honorário. Criou também a seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil, em novembro de 1930, dedicando a ela, durante cinco anos, sua atividade, inteligência e zelo.

Dono de altas qualidades morais, porém desambicioso de bens materiais, nos últimos anos de existência necessitou recorrer à ajuda financeira da Ordem dos Advogados. Atendido com o auxílio mensal e não achando como retribuir tal magnanimidade, fez a doação de sua preciosa biblioteca à referida entidade jurídica.

Aos 77 anos de idade, na segunda-feira de 15 de janeiro de 1945, às 14 horas, faleceu Pamphilo d’ Assumpção, símbolo de honradez e austeridade. (WB)

Patrono: Bento Fernandes de Barros (1834-1908)
1.º Ocupante: Oscar Martins Gomes (1893-1977)
2.º Ocupante: Marino Bueno Brandão Braga (1920-2010)
3.º Ocupante: Ney José de Freitas (1953)