Nascido em Curitiba, em 15 de fevereiro de 1868, filho do Coronel Manoel Eufrásio d’Assumpção, comandante por muitos anos da Polícia Militar do Estado, então Re­gimento de Segurança, e Germina Veloso d’Assumpção. Depois de aprender as primeiras letras com sua mãe, fez o curso secundário no Instituto Paranaense, aí re­velando seus dotes de desenhista. Partiu para o Rio de Janeiro em 1886, resolvido a estudar Engenharia. Mas em contato com a Escola de Belas Artes, abandonou sua carreira inicial para se dedicar inteiramente às artes. Aluno dos irmãos Bernardelli, Rodolfo e Henrique, e também de Rodolfo de Amoedo, fez o curso de Escultura, durante o qual conheceu Cândida Klier, carioca, filha de alemães, com quem casou – era a única mulher a frequentar, então, a Escola de Belas Artes. Diretor do Arquivo Público e da Repartição de Estatística do Esta­do, sua maior glória foi a de ser o fundador e primeiro diretor da Escola de Aprendizes Artífices. Ali criou um processo de tratamento da erva-mate e inventou uma jangada de tubos ocos, movida a hélice aérea.

Professor de desenho do Ginásio Paranaense, sua inclinação para a música influenciou a vinda para Curitiba de várias companhias de teatro e até a de músicos famosos que aqui se radicaram. Daí a sua permanente presença nos jornais curitibanos, analisando a atuação de instrumentistas, declamadoras e cantores que encantavam as plateias curitibanas. Oficial de gabinete de três presidentes do Estado do Paraná, jornalista fluente, autor da nossa bandeira, legalizada pela Constituição de 1893, e do escudo da Universidade do Paraná, tomou parte na Revolução Federalista, ingressando como praça no Batalhão 23 de Novembro, combatendo em Paranaguá – o que lhe conferiu o posto de capitão honorário. Membro do Centro de Letras e da antiga Academia de Letras do Paraná – nesta fez o elogio do seu Patrono, Brasílio Itiberê, em sessão de 13 de maio de 1924 – incursionou ainda na área teatral, com os dramas A Taça do Amor (1917) e Bennot.

Faleceu em Curitiba a 28 de fevereiro de 1928. (WB)

Patrono: Brasílio Itiberê da Cunha (1846-1913)
1.º Ocupante: Benedito Nicolau dos Santos (1879-1956)
2.º Ocupante: Bento João d’Albuquerque Mossurunga (1879-1970)
3.º Ocupante: Benedito Nicolau dos Santos Filho (1914-1987)
4.º Ocupante: Alceo Ariosto Bocchino (1918-2013)
5.º Ocupante: Paulo Sérgio da Graça Torres Pereira